Senador Eduardo Girão critica decisão de Alexandre de Moraes de prender 208 envolvidos em atos de 8 de janeiro. Polícia Federal autorizada a investigar fugitivos.

O senador Eduardo Girão, do partido Novo representante do Ceará, fez duras críticas em relação à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de determinar a prisão de 208 envolvidos nos atos do dia 8 de janeiro por descumprimento de medidas cautelares. Em um pronunciamento realizado nesta terça-feira, Girão destacou sua preocupação com a condução deste processo e com a possível violação dos direitos constitucionais dos envolvidos.

Para o senador, a ação do ministro Moraes configura uma série de arbitrariedades contra os cidadãos brasileiros, transformando os envolvidos em “presos políticos”. Ele também ressaltou que a Polícia Federal recebeu autorização para investigar e prender aqueles que fugiram para o exterior, o que, na visão de Girão, representa uma perseguição a opositores políticos do atual governo.

Além disso, Girão apresentou um requerimento para a realização de uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado, com o objetivo de debater as irregularidades ocorridas no contexto dessas prisões. Ele comparou a atuação da Polícia Federal nesse caso com a Operação Lava Jato, ressaltando que enquanto na Lava Jato os alvos eram criminosos poderosos acusados de desvio de bilhões de reais, agora a ação se volta contra opositores políticos.

O senador também mencionou as alegações do advogado da Associação dos Familiares e Vítimas de 8 de Janeiro, Ezequiel Silveira, que classificou as prisões como ilegais e baseadas no receio de suposto risco de fuga dos acusados. Girão citou casos específicos, como o do veterinário Felício Manuel Araújo e da professora aposentada Iraci Nagoshi, que estariam sofrendo penalidades desproporcionais mesmo não tendo participado dos atos de vandalismo.

Diante disso, o senador fez um apelo para que as perseguições aos inocentes cessem e que sejam responsabilizados apenas os reais responsáveis pela depredação dos prédios públicos. Girão enfatizou a importância de prevalecer o bom senso e o Estado democrático de direito em meio a esse cenário de incertezas e controvérsias.

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