Segundo os senadores, garantir que bilionários paguem sua parcela justa de impostos e estabelecer padrões mínimos a nível global poderiam gerar bilhões de dólares para atender às necessidades urgentes, como combate a pandemias, mudanças climáticas e desigualdades. A declaração foi divulgada por Joseph Stiglitz e Jayati Ghosh, co-presidentes da Comissão Independente para a Reforma do Sistema Internacional de Tributação de Corporações (ICRICT).
Os parlamentares americanos destacaram que a adesão dos EUA a essa iniciativa seria uma oportunidade histórica para promover justiça fiscal. Entre os signatários da carta a Biden está o independente Bernie Sanders.
Especialistas estimam que os super-ricos pagam apenas cerca de 0,5% de sua riqueza em impostos globalmente. Nas décadas de 1960, os 400 americanos mais ricos pagavam mais da metade de seus rendimentos em impostos, enquanto hoje a média da taxa de imposto é de apenas 8%, inferior à aplicada à classe trabalhadora.
Apesar disso, a Casa Branca divulgou que Biden pretende realizar reformas para garantir que os americanos mais ricos contribuam com uma parcela justa em tributos, equivalente a pelo menos 25% de seus rendimentos. A proposta brasileira poderia financiar ações de combate às mudanças climáticas e à pobreza, sendo vista como uma medida estratégica por diversos países, incluindo a Espanha.
A proposta se baseia em acordos anteriores para tributação de empresas a nível global e conta com apoio de várias nações. Essa medida poderia representar um marco na busca por uma economia mais justa e equitativa em escala mundial.