O programa de crédito estabelecido entre o FMI e o governo argentino em 2022 prevê a liberação de um total de 44 bilhões de dólares (R$ 237,5 bilhões) ao longo de 30 meses. Em contrapartida, a Argentina se compromete a aumentar suas reservas internacionais e reduzir o déficit fiscal de 3% do PIB em 2021 para 0,9% em 2024, passando por etapas intermediárias nos anos seguintes.
Com a aprovação da oitava revisão, a Argentina já recebeu um total de 41,4 bilhões de dólares (R$ 223 bilhões) até o momento. O FMI considera que o programa de crédito está bem encaminhado, uma vez que todos os critérios quantitativos de desempenho estabelecidos até março de 2024 foram cumpridos com folga.
No entanto, o Fundo ressalta a necessidade de melhorar a qualidade do ajuste fiscal, iniciar a implementação de políticas monetárias e cambiais mais eficientes, além de avançar na agenda estrutural do país. O governo do presidente Javier Milei foi instado a dar suporte aos mais vulneráveis, ampliar o apoio político e agir com agilidade na formulação das políticas.
Recentemente, Milei recebeu notícias positivas, como a moderação da inflação em maio, que atingiu 4,2%, ainda que permaneça entre as mais altas do mundo em um período de 12 meses, chegando a quase 280%. Além disso, o Senado argentino aprovou o pacote de reformas do Estado, em uma sessão marcada por distúrbios na frente do Congresso, deixando cerca de 20 feridos e detidos.
Dessa forma, a Argentina busca avançar em seu processo de recuperação econômica e fiscal, com o apoio do FMI e desafios a serem enfrentados pelo governo de Milei para garantir a estabilidade e o desenvolvimento do país.
