Astronautas do Inspiration4 revelam mudanças físicas e mentais após viagem de três dias fora da Terra: o que os estudos revelam

Em setembro de 2021, uma missão espacial histórica conhecida como Inspiration4 levou quatro astronautas ao espaço por três dias. Essa viagem, que teve como objetivo representar uma fatia mais ampla da sociedade, resultou em mudanças físicas e mentais nos tripulantes, conforme relatado em uma série de artigos publicados em revistas científicas renomadas.

Durante a missão, os astronautas consentiram em participar de experimentos médicos, como a coleta de amostras de sangue, urina, fezes e saliva, além de permitirem que seus dados fossem catalogados no “Atlas de Space Omics e Medicina”. Esses dados, que não eram totalmente anônimos devido ao pequeno número de tripulantes, serão essenciais para o avanço da ciência e para o desenvolvimento de tratamentos adaptados aos efeitos do voo espacial.

Um dos resultados mais marcantes da pesquisa foi a mudança nos telômeros dos astronautas, que se alongaram e encurtaram durante e após o voo, levando os cientistas a interpretarem como um sinal de envelhecimento acelerado. Além disso, outras descobertas revelaram alterações moleculares nos rins dos astronautas, o que poderia indicar a formação de pedras nos rins, uma preocupação para missões espaciais mais longas.

Os astronautas também tiveram seu desempenho cognitivo testado no espaço, com resultados indicando quedas na vigilância psicomotora, busca visual e na memória de trabalho. Essas descobertas fornecem insights valiosos sobre os efeitos do ambiente espacial no cérebro humano e podem direcionar medidas preventivas para futuras missões.

Após retornarem à Terra, a vida dos astronautas voltou ao normal, com alguns continuando em seus trabalhos anteriores e outros se dedicando a novos projetos inspiradores. O sucesso da missão Inspiration4 abriu caminho para futuras viagens espaciais privadas, como a missão Polaris Dawn, que está programada para ser lançada em breve.

Essas descobertas no espaço não só ampliam nosso conhecimento sobre os efeitos da microgravidade no corpo humano, mas também oferecem esperança para o desenvolvimento de tratamentos personalizados e medidas preventivas para garantir a saúde e segurança dos futuros exploradores espaciais.

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