A Direção Meteorológica do Chile emitiu um alerta climático de nível máximo, algo incomum, devido às intensas precipitações e ventos registrados nas últimas 48 horas. A emergência afeta 14 dos 20 milhões de chilenos que vivem em cinco regiões do país.
Em meio à tragédia, um morador de Curanilahue, na região de Biobío, clamou por socorro, pedindo barcos para resgatar as pessoas. Essas intensas chuvas na região central do Chile representam um cenário oposto à intensa seca que assola a área há 15 anos.
O presidente Gabriel Boric lamentou a primeira morte em decorrência das chuvas e reforçou que o fenômeno deve persistir. As precipitações já deixaram mais de 4.300 pessoas desabrigadas, principalmente no sul do país. A localidade de Curanilahue, sul de Santiago, foi uma das mais afetadas pelo transbordamento dos rios locais.
Com cerca de 350 mm de água registrados nas últimas horas na região, a quantidade superou toda a precipitação do ano anterior. O “rio atmosférico” sobre Santiago, classificado entre 4-5 em uma escala máxima de cinco devido à quantidade de vapor de água disponível, aumenta consideravelmente a previsão de precipitação na capital.
Diante do caos, as autoridades suspenderam as aulas em Santiago e nas regiões afetadas, pedindo à população que limite seus deslocamentos. Na cidade de Viña del Mar, um alerta de possível colapso de um prédio de 12 andares foi emitido devido às chuvas do fim de semana, que provocaram uma cratera no local. Para enfrentar a situação, as regiões afetadas contam com o “estado de catástrofe” para acelerar a mobilização de recursos e assistência à população afetada.
