Construção da Ferrogrão é defendida pelo senador Zequinha Marinho em pronunciamento no Senado, ressaltando benefícios econômicos e ambientais.

Na última quarta-feira (12), durante seu discurso no plenário, o senador Zequinha Marinho, do Podemos do Pará, fez uma defesa enfática da construção da Ferrogrão. Trata-se de uma linha férrea com mais de 900 km de extensão, que ligará o município de Sinop, no estado do Mato Grosso, ao porto de Miritituba, em Itaituba, no Pará. Segundo o senador, essa obra trará inúmeros benefícios tanto para a economia quanto para o meio ambiente.

De acordo com Zequinha Marinho, a construção da Ferrogrão será fundamental para facilitar o escoamento da safra, reduzindo custos e aumentando a eficiência logística. Além disso, ele ressaltou que a ferrovia contribuirá para a diminuição da emissão de carbono, um importante gás de efeito estufa. O senador mencionou dados de órgãos especializados que indicam que a implementação da Ferrogrão poderia gerar uma redução anual de 4 milhões de toneladas de CO2.

É importante destacar que o estado do Pará, o segundo maior do Brasil, enfrenta uma carência significativa de infraestrutura ferroviária. Atualmente, a única ferrovia existente na região é a Estrada de Ferro Carajás, operada pela Vale, que se estende por cerca de 892 km até o Maranhão. A construção da Ferrogrão seria, portanto, um passo essencial para o desenvolvimento e a integração da região.

Durante seu discurso, Zequinha Marinho também fez críticas às Organizações Não Governamentais (ONGs) que se opõem ao projeto. Segundo ele, essas entidades, financiadas por interesses internacionais, não reconhecem os benefícios econômicos e ambientais que a Ferrogrão pode trazer. O senador enfatizou que a nova ferrovia poderia reduzir em até 77% a emissão de CO2 em comparação com o transporte rodoviário, que hoje é intensamente utilizado na região.

Diante dos desafios e das controvérsias envolvendo a Ferrogrão, o debate sobre a sua construção continua em pauta no cenário político nacional. Enquanto o governo federal incluiu a obra no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), setores da sociedade civil levantam questionamentos e preocupações em relação aos impactos ambientais e sociais do empreendimento. A expectativa é de que essa discussão seja ampliada e aprofundada nos próximos meses, enquanto o projeto segue em fase de estudos e planejamento.

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