Governo de Cuba questiona relatório dos EUA sobre médicos sequestrados no Quênia e critica falta de respostas claras

O governo de Cuba emitiu uma declaração enfatizando que um recente relatório militar dos Estados Unidos não trouxe novas informações e não respondeu de forma satisfatória às questões sobre o paradeiro de dois médicos cubanos sequestrados no Quênia há cinco anos por jihadistas somalis. Segundo o grupo radical somali, os médicos Assel Herrera e Landy Rodríguez teriam falecido durante um ataque aéreo americano contra a cidade de Jilib, no qual o comando militar dos Estados Unidos declarou que não causou danos a civis.

No entanto, o relatório do Africom não mencionou explicitamente os médicos cubanos, o que gerou críticas por parte do órgão informativo do Partido Comunista de Cuba, o Granma. O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, expressou seu desapontamento com a falta de novas informações e ressaltou que desde abril tem solicitado aos Estados Unidos que investiguem em outras localidades da Somália em busca de respostas.

Ainda, as autoridades cubanas têm realizado diversas tentativas para esclarecer o destino dos médicos sequestrados, sem obter respostas concretas das autoridades americanas. Vale ressaltar que os dois profissionais de saúde faziam parte de um grupo de cem médicos enviados a trabalho para o Quênia como parte da cooperação de Cuba em serviços de saúde no país africano.

Por fim, a situação permanece sem uma conclusão definitiva, enquanto Cuba busca ativamente respostas sobre o paradeiro de seus cidadãos sequestrados. A diplomacia de jalecos brancos, como é conhecida a ação de envio de profissionais de saúde cubanos para diversos países, continua sendo uma importante ferramenta de política externa do país caribenho. Enquanto isso, as autoridades cubanas permanecem atentas e em busca de esclarecimentos sobre o caso.

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