Destino incerto: 120 reféns ainda sob controle do Hamas em Gaza aguardam por acordo diplomático e cessar-fogo.

Os 120 reféns mantidos em Gaza desde a ofensiva do grupo terrorista Hamas no ano passado têm o destino incerto, de acordo com um alto funcionário do grupo. Osama Hamdan declarou que ninguém sabe ao certo se esses reféns ainda estão vivos, ressaltando a necessidade de garantias de um cessar-fogo permanente e da retirada das forças de segurança de Israel da região em qualquer proposta de acordo.

Durante uma entrevista à CNN, o porta-voz do Hamas afirmou que a última proposta apresentada por Israel e divulgada pelo presidente americano, Joe Biden, não atendeu às demandas do grupo. Hamdan enfatizou que era necessário uma posição clara de Israel para aceitar o cessar-fogo e uma retirada completa de Gaza.

Ao ser questionado sobre possíveis abusos mentais e físicos contra os reféns, Hamdan culpou Israel e afirmou que eles estavam melhor do que antes, citando fotos que mostram a condição dos reféns após oito meses em cativeiro. Para ele, os problemas mentais dos reféns eram consequências das ações de Israel em Gaza, como bombardeios e mortes de civis.

Entretanto, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou recentemente que não aceitará qualquer acordo para recuperar os reféns se isso envolver um cessar-fogo definitivo na Faixa de Gaza. Essa declaração ocorreu em uma reunião com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, enquanto o grupo Hamas analisa os termos de um possível acordo diplomático e reitera a necessidade do fim das ações militares no enclave palestino.

O último resgate de reféns ocorreu no sábado passado após uma complexa operação na cidade de Nuseirat, na região central da Faixa de Gaza. Quatro reféns, que foram sequestrados durante um festival de música eletrônica, foram encontrados com vida e em boas condições médicas, de acordo com fontes militares. No entanto, um policial israelense morreu durante o resgate, e segundo o gabinete de imprensa do Hamas, mais de 200 pessoas foram mortas e 400 ficaram feridas no mesmo local da operação.

Portanto, a situação dos reféns em Gaza continua incerta, com os atores envolvidos mantendo posições divergentes e dificultando a resolução do impasse e o resgate dos prisioneiros. A busca por um acordo que satisfaça ambas as partes permanece como um desafio a ser superado.

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