Dez corpos exumados de cova clandestina no oeste do México levantam preocupações sobre desaparecimentos na região.

Uma triste descoberta abalou a região oeste do México, onde pelo menos 10 cadáveres foram exumados de uma cova clandestina. A líder do coletivo Guerreros Buscadores, Indira Navarro, foi quem confirmou a informação à AFP, destacando que até a sexta-feira já haviam sido resgatados os restos de uma dezena de corpos.

A localização do local de sepultamento ilegal foi possível graças a denúncias da população local, que levaram os ativistas a investigarem o terreno localizado no município de Tlajomulco de Zúñiga, região próxima a Guadalajara, a capital do estado de Jalisco. Segundo Navarro, as primeiras informações indicavam a presença de cerca de dez pessoas enterradas, mas outra fonte anônima chegou a mencionar mais de 15 vítimas.

A descoberta dos corpos motivou o acionamento das autoridades locais, que compareceram ao local na última quarta-feira para auxiliar no resgate. Com o uso de maquinário pesado, os trabalhos de exumação prosseguiram até terminarem com o resgate dos 10 corpos mencionados pela líder do coletivo.

Alguns dos corpos estavam envolvidos em sacos, enquanto outros estavam sepultados apenas com as roupas que usavam. A procuradoria de Jalisco ainda não divulgou oficialmente o número exato de vítimas encontradas na cova clandestina.

Jalisco é um dos estados mexicanos com maior incidência de pessoas desaparecidas, totalizando 14.919 casos até o final de maio. Esse crime é atribuído principalmente ao crime organizado, sendo que o estado é conhecido por ser o berço do violento Cartel Jalisco Nova Geração (CJNG), um dos mais poderosos do México e com atuação em diversos países.

No México, mais de 450 mil pessoas foram assassinadas e cerca de 100 mil estão desaparecidas desde o início da estratégia militar governamental contra os cartéis do narcotráfico, em 2006. Uma realidade que expõe a gravidade da situação de violência e impunidade que assola o país.

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