Esses episódios lançam um alerta sobre a falta de informação aos estrangeiros acerca dos riscos de realizar esforços excessivos em meio a uma onda de calor intensa que assola a região. As informações foram veiculadas pelo jornal britânico The Guardian, revelando que um dos turistas desaparecidos acabou perdendo a vida.
O apresentador de TV britânico Michael Mosley, reconhecido por promover um estilo de vida saudável, saiu para uma caminhada despretensiosa em uma praia de Ágios Nikolaos em um dia especialmente quente. Desnorteado e sem um celular consigo, Mosley se perdeu ao escolher um caminho incorreto, o que culminou em sua dissipação.
Uma intensa operação de busca foi montada, com a participação de barcos de patrulha, mergulhadores, helicópteros, bombeiros, polícia, drones e até mesmo um cão farejador. Após cinco dias desaparecido, Mosley foi encontrado sem vida na ilha de Symi, em uma área de difícil acesso.
As autoridades acreditam que as altas temperaturas registradas na Grécia contribuíram diretamente para a morte do britânico de 67 anos. Além do caso de Mosley, outras duas operações de busca foram realizadas nas ilhas de Samos e Amorgos para localizar um cidadão dos Estados Unidos e um idoso da Holanda, ambos desaparecidos durante trilhas.
A Grécia tem enfrentado uma série de recordes de temperatura antes do verão. Chania, na Ilha de Creta, chegou a marcar 44,5ºC na última quinta-feira, levando ao fechamento de escolas e sítios arqueológicos, além da distribuição gratuita de garrafas de água e a instalação de estações de resfriamento pela prefeitura de Atenas.
Diante dessa situação, autoridades locais manifestaram preocupação com a falta de estrutura e sinalização adequadas nas trilhas, enfatizando a necessidade de melhorias para prevenir novas tragédias como a que vitimou Michael Mosley. Em suma, a Grécia se vê diante de um desafio complexo à medida que as altas temperaturas persistem e a temporada de verão se aproxima.
