A ferramenta utilizada para levantar informações precisas sobre a extensão dos estragos foi o Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE), que foi atualizado pelo Censo Demográfico 2022. Essa ferramenta permite identificar não apenas o número de imóveis afetados, mas também o tipo de imóvel e sua localização exata em áreas atingidas pelas chuvas.
Um dos municípios que solicitou ajuda ao IBGE foi Lajeado, que utilizou dados dos cadastros municipais em conjunto com informações fornecidas ao instituto para identificar os domicílios afetados. Os dados mostraram que mais de 4.600 residências particulares, 15 escolas, 30 estabelecimentos de saúde e 825 estabelecimentos comerciais foram impactados pelas cheias do Rio Taquari e seus afluentes.
Além de Lajeado, outras prefeituras também pediram informações ao IBGE, porém, os nomes dos municípios não foram divulgados. O governo gaúcho, por sua vez, solicitou o compartilhamento de dados de endereços de 223 municípios do estado.
É importante ressaltar que o cadastro de endereços já foi utilizado em situações de desastres anteriores, como no caso do rompimento da barragem em Brumadinho (MG) e nas chuvas em São Sebastião (SP). A análise da tragédia também está sendo feita por meio de agregados por setores censitários, que apesar de menos precisos que o cadastro de endereços, fornecem informações sobre o total de pessoas que vivem em áreas específicas de cada município.
Diante da gravidade da situação, o auxílio do IBGE tem se mostrado fundamental para um mapeamento detalhado dos danos causados pelas chuvas no Rio Grande do Sul, permitindo uma melhor avaliação dos impactos e direcionamento de ações de ajuda às áreas afetadas.
