Durante seu discurso, Lula criticou o atual modelo de governança global, que, em sua visão, perpetua privilégios e não consegue lidar adequadamente com a realidade geopolítica atual. O presidente brasileiro ressaltou que a revolução digital inclusiva e o enfrentamento das mudanças climáticas são desafios urgentes que requerem a adoção de políticas públicas adequadas, nas quais a inteligência artificial pode desempenhar um papel fundamental.
Segundo Lula, a inteligência artificial pode potencializar as capacidades dos Estados na promoção de políticas ambientais e na transição energética, desde que seja utilizada de forma ética e inclusiva. O presidente ressaltou a importância de respeitar os direitos humanos, proteger dados pessoais e promover a integridade da informação no desenvolvimento e uso dessa tecnologia.
Além disso, Lula destacou a necessidade de uma governança internacional e intergovernamental da inteligência artificial, na qual todos os Estados tenham assento e participem efetivamente das decisões. O presidente também defendeu a inclusão dos países do Hemisfério Sul no debate sobre inteligência artificial, fortalecendo a diversidade cultural e linguística.
A participação de Lula na Cúpula do G7 é um marco, sendo a oitava vez que o presidente brasileiro comparece a esse encontro. Durante a edição deste ano, foram discutidos diversos temas, incluindo a cooperação com a África e a situação no Mar Mediterrâneo. Lula ressaltou a importância de considerar os africanos como parceiros indispensáveis no enfrentamento dos desafios globais, evitando que busquem melhores condições de vida de forma arriscada.
Nos próximos dias, Lula terá uma agenda intensa de encontros bilaterais com líderes presentes no evento do G7, com previsão de retorno ao Brasil no domingo. A proposta do presidente brasileiro para a governança global da inteligência artificial certamente gerará debates e reflexões entre os participantes da Cúpula, demonstrando a relevância e o impacto dessa tecnologia nos desafios globais da atualidade.
