Ministério da Educação se compromete a revogar portaria em troca do fim da greve de docentes federais

O Ministério da Educação anunciou um compromisso para revogar a Portaria 983, de novembro de 2020, que aumenta a carga horária mínima semanal dos docentes das universidades e institutos federais. No entanto, essa revogação está condicionada ao encerramento da greve dos professores, que já dura 72 dias.

Representantes dos trabalhadores vêm considerando esse compromisso como uma importante conquista para dar continuidade às negociações e encerrar a paralisação da categoria. A revogação da norma que eleva a carga horária mínima semanal dos professores dos institutos federais é uma das principais reivindicações dos docentes e técnicos da rede federal de educação.

Além da revogação da portaria, os trabalhadores em greve desde 15 de abril também exigem um reajuste salarial de 4,5% ainda este ano e a recomposição orçamentária das instituições de ensino.

Durante uma reunião realizada em Brasília, representantes dos trabalhadores, do Ministério da Educação e da Gestão e Inovação em Serviços Públicos discutiram a possibilidade de revogação da portaria. Também foi discutido a formação de um grupo de trabalho para discutir uma nova regulamentação.

Após cinco rodadas de negociação, o governo assinou um acordo com uma das entidades que representam os docentes, prevendo reajuste salarial de 9% a partir de janeiro de 2025, e mais 3,5% a partir de maio de 2026. Somado ao reajuste de 9% concedido em 2023, isso representará um aumento de cerca de 28,2% para os professores, além de uma reestruturação na progressão entre diferentes níveis das carreiras.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também anunciou um investimento de R$ 5,5 bilhões do MEC para obras de infraestrutura no ensino superior, a construção de novos campi universitários e hospitais universitários federais. Além disso, cobrou a concretização dos 100 novos institutos federais anunciados em março. No entanto, a possível revogação da Portaria 983 pelo Ministério da Educação ainda não foi confirmada.

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