Ministros de Lula repudiam PL do aborto e alertam para impactos desumanos e retrocessos na proteção às mulheres.

Sete ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se pronunciaram publicamente contra o Projeto de Lei nº 1.904/2024, que equipara o aborto realizado acima de 22 semanas de gestação ao crime de homicídio simples. A medida teve um pedido de urgência aprovado no Congresso na última quarta-feira, gerando controvérsias e um embate entre parlamentares e membros do governo.

Os ministros, incluindo nomes como Alexandre Padilha, Marina Silva, Anielle Franco, Sonia Guajajara, Silvio Almeida e Paulo Teixeira, manifestaram publicamente sua discordância em relação ao PL do aborto. O ministro Padilha enfatizou que o governo não apoiará a mudança na legislação sobre aborto, destacando que o projeto proposto traria repercussões negativas, especialmente em casos de estupro.

Além dos membros do governo, a primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, também se posicionou contrariamente ao projeto, evidenciando sua preocupação com os impactos na dignidade das mulheres e meninas. A discussão sobre o assunto ganhou espaço nas redes sociais e na mídia, com diversas personalidades políticas e da sociedade civil se manifestando a favor ou contra o projeto de lei.

A iniciativa, de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante, proíbe a interrupção da gravidez após 22 semanas, mesmo em casos de estupro, risco de vida para a mulher ou anencefalia fetal. A proposta gerou debates acalorados entre os defensores dos direitos das mulheres e aqueles que consideram o aborto um crime.

Diante do cenário de polarização, os ministros demonstraram preocupação com os possíveis impactos negativos que o projeto poderia trazer para as mulheres e meninas do país. A discussão sobre o PL do aborto promete continuar sendo um tema relevante nas esferas política e social, com diferentes atores se posicionando e buscando influenciar os rumos da legislação sobre esse assunto tão sensível e complexo.

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