Personagem Zé Gotinha lidera campanha contra poliomielite no Brasil, enquanto vacina oral é substituída pela injetável a partir de 2024.

O personagem Zé Gotinha, ícone da vacinação no Brasil, ganhou notoriedade no final da década de 80 ao liderar a luta pela erradicação da poliomielite no país. Na época, a doença, causada pelo poliovírus selvagem, só podia ser prevenida com duas gotinhas aplicadas na boca das crianças. Atualmente, o esquema de vacinação contra a paralisia infantil inclui doses injetáveis, além das doses orais.

Segundo o Ministério da Saúde, as três primeiras doses contra a poliomielite devem ser injetadas aos 2, 4 e 6 meses de vida da criança, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. Posteriormente, são administradas mais duas doses orais, conhecidas como doses de reforço, aos 15 meses e 4 anos de idade.

É importante destacar que todas as crianças menores de 5 anos devem ser levadas aos postos de saúde anualmente durante a Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite para verificação e atualização das doses. Mesmo as crianças com o esquema vacinal em dia devem receber as doses de reforço.

Este ano, a campanha de vacinação contra poliomielite teve início em 27 de setembro e encerra em 14 de outubro. A meta do Ministério da Saúde é imunizar pelo menos 95% do público-alvo, estimado em cerca de 13 milhões de crianças menores de 5 anos, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A partir de 2024, o Brasil passará a substituir gradualmente a vacina oral contra a poliomielite pela versão injetável, considerada mais eficaz. Essa decisão foi baseada em novas evidências científicas e aprovada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI). A vacina oral será eliminada após um período de transição.

Apesar da evolução para a vacina injetável, o Zé Gotinha continuará sendo o símbolo da importância da imunização no país, participando de ações de sensibilização e campanhas do governo federal. Os casos de poliomielite no Brasil não são mais notificados desde 1989, mas as taxas de cobertura vacinal ainda apresentam desafios, como em 2022, quando ficou em 77,19%, distante da meta de 95%.

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