Os inquéritos foram conduzidos pela Delegacia de Polícia de Proteção e Defesa do Meio Ambiente e dos Animais (Dema) da Polícia Civil gaúcha. As investigações resultaram em diversos indiciamentos após diligências, coleta de provas e depoimentos, sendo os resultados apresentados na última quarta-feira (12).
A diretora do Departamento Estadual de Investigações Criminais, delegada Vanessa Pitrez, explicou que as investigações tiveram início a partir de denúncias feitas por protetores de animais sobre maus tratos e abandono de animais. Durante a vistoria nas lojas, foram encontrados computadores guardados no mezanino, que não foi alagado, e 38 carcaças de animais mortos deixadas no subsolo.
Os indiciamentos foram baseados na Lei de Crimes Ambientais, que pune maus tratos e a causação de sofrimento a animais. Nas lojas investigadas, funcionários e responsáveis pelos CNPJs foram indiciados, com penas que variam de três meses a um ano de detenção, além de multa, com agravantes em casos de morte de animais e crimes em períodos de enchentes.
As defesas das empresas envolvidas afirmam estar colaborando com as investigações e expressam indignação com os indiciamentos, destacando a necessidade de contraditório e ampla defesa. A Cobasi divulgou um vídeo que, segundo a empresa, desmente informações sobre os equipamentos salvos no mezanino. Já a empresa Bicharada alega que muitos animais foram salvos, mas a falta de estrutura impediu o resgate de todos.
Os desfechos dos casos ainda aguardam a conclusão do processo, que visa esclarecer todos os fatos e comprovar a veracidade ou improcedência das acusações feitas.