Segundo informações da Secretaria de Ordem Pública, o prédio que está sendo demolido encontra-se desabitado e possui cerca de 900 metros quadrados de área construída. A construção não pode ser regularizada, uma vez que não atende aos parâmetros urbanísticos estabelecidos para o local e não possui autorização da prefeitura para sua edificação.
O imóvel está situado em uma área de encosta com uma inclinação acentuada, o que aumenta consideravelmente o risco de deslizamentos, uma vez que não possui obras de contenção. A construção já havia sido embargada anteriormente, com a aplicação de diversas multas ao responsável. A demolição está sendo realizada de forma manual, sem o uso de máquinas e escavadeiras, devido ao perigo que a estrutura oferece à população local, e estima-se que o processo levará alguns dias para ser concluído.
Engenheiros da prefeitura estimam que os responsáveis pelo prédio terão um prejuízo em torno de R$ 3 milhões com a demolição. Além disso, a prefeitura já demoliu outros 13 edifícios irregulares na mesma região, que é conhecida por ter influência do crime organizado. A ação foi permitida pela Justiça, que revogou uma liminar que impedia as demolições.
O secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale, destacou que as operações de demolição têm como objetivo principal a asfixia financeira do crime organizado, uma vez que atuam em um dos setores mais lucrativos desses grupos, que é a construção civil. Além disso, essas construções irregulares colocam em risco a vida das pessoas devido à falta de um responsável técnico habilitado durante a sua execução.
