Presidentes do Brasil e Argentina mantêm distância discreta na cúpula do G7, sem encontro pessoal planejado.

Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Argentina, Javier Milei, participaram de forma discreta da cúpula do G7, realizada na Europa. Eles mantiveram uma distância respeitosa e não tiveram um encontro pessoal durante o evento, que foi a primeira agenda internacional compartilhada pelos líderes dos dois maiores países sul-americanos.

Durante a sessão sobre Inteligência Artificial e Energia, na qual o Papa Francisco também discursou sobre a proibição de “armas autônomas letais”, Lula e Milei foram fotografados com outros líderes mundiais, mas não posaram juntos para fotos. Eles participaram da audiência sentados separados pelo presidente dos EUA, Joe Biden, e pelos líderes de Turquia, Jordânia e Argélia.

A imprensa italiana especulou sobre a possibilidade de um primeiro encontro entre Lula e Milei durante a cúpula, mas não houve solicitação por parte da Argentina para uma reunião bilateral. Apesar das especulações, os presidentes evitaram qualquer aproximação, demonstrando uma relação institucional e diplomática de alto nível entre os dois países.

Durante as eleições na Argentina, o entorno de Lula demonstrou apoio direto ao candidato derrotado, Sergio Massa, enquanto Milei manteve contato com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Na posse do presidente argentino, Lula não compareceu, mas Bolsonaro esteve presente.

Os convites aos líderes do Sul Global para participarem do evento do G7 tinham como objetivo fortalecer o diálogo com as nações da América Latina, África, e parte do Oriente Médio e Ásia. O foco não apenas nos líderes ocidentais, mas também em líderes não-ocidentais, como Narendra Modi e Lula, reflete uma mudança no cenário global, reconhecendo a influência cada vez maior de outras potências mundiais.

Em meio a um evento marcado por debates sobre questões de relevância global, Lula e Milei se destacaram por manterem uma postura discreta e distante um do outro, evidenciando as complexas relações internacionais entre os países do Sul Global e os países do G7.

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