No entanto, a vacinação contra a Poliomielite evoluiu ao longo dos anos. O Ministério da Saúde estabeleceu um esquema vacinal que vai além das duas gotinhas aplicadas na boca das crianças. Atualmente, as três primeiras doses contra a pólio são injetáveis, aplicadas aos 2, 4 e 6 meses de vida, seguidas por duas doses de reforço via oral aos 15 meses e 4 anos, respectivamente. Essa estratégia visa garantir a proteção das crianças mais vulneráveis à doença.
Anualmente, o Brasil promove a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, e neste ano não foi diferente. A campanha teve início em 27 de maio e termina nesta sexta-feira (14), com a meta de imunizar pelo menos 95% do público-alvo, totalizando cerca de 13 milhões de crianças menores de 5 anos. Os estados e municípios têm a possibilidade de prorrogar a campanha em caso de baixa adesão.
Uma mudança significativa está prevista para ocorrer a partir de 2024. O Brasil começará a substituir gradualmente a vacina oral pela dose injetável contra a pólio, o que representa um avanço tecnológico na eficácia do esquema vacinal. Embora a dose oral deva ser extinta após um período de transição, o personagem Zé Gotinha continuará sendo um aliado importante na conscientização sobre a importância da vacinação.
Os dados do Ministério da Saúde revelam que, desde 1989, não houve notificações de casos de pólio no Brasil, o que demonstra a eficácia das campanhas de vacinação. No entanto, as coberturas vacinais ainda não atingiram a meta de 95%, com uma taxa de cobertura de 77,19% em 2022. Isso reforça a importância de manter as ações de imunização para proteger as crianças e garantir um futuro saudável para a população brasileira.
