Desertor russo relata fuga da Rússia para o Cazaquistão e encoraja outros militares a se rebelarem contra Putin.

Farkhad Ziganshin, um oficial russo que desde jovem se preparou para uma vida no serviço militar, atualmente enfrenta uma situação inimaginável de deserção e fuga de seu país de origem, após a invasão russa da Ucrânia. Em uma entrevista à AFP no Cazaquistão, Ziganshin revela que tomou a decisão de desertar por não apoiar os acontecimentos na Ucrânia nem o governo russo. Ele foge da Rússia para evitar ser recrutado para a guerra e encoraja outros militares a fazer o mesmo.

Centenas de desertores e refratários russos estão vivendo em países vizinhos do antigo bloco soviético, enfrentando um limbo incerto entre a participação em uma guerra de agressão ou a prisão por se recusarem a combater na Ucrânia. Ziganshin, que possui um processo criminal aberto contra si na Rússia, está temeroso de ser deportado de volta para o seu país de origem. Ele está tentando obter um visto para viajar para a Europa, mas até o momento suas tentativas foram infrutíferas.

Ativistas anti-guerra têm pressionado os legisladores europeus e americanos a oferecer mais apoio aos desertores russos, que são perseguidos em casa e tratados com suspeita no Ocidente. Ziganshin, junto com outros oponentes da guerra na Ucrânia, está gravando vídeos incentivando outros russos a desistirem do campo de batalha, em uma iniciativa chamada “Adeus às armas”.

Além de Ziganshin, outros cinco russos desertores ou refratários foram entrevistados pela AFP, revelando histórias semelhantes de fuga e busca por refúgio. A situação desses desertores é complicada, pois enfrentam dificuldades para obter asilo em outros países devido à falta de documentos de viagem, como passaportes estrangeiros.

A busca por segurança e liberdade tornou-se um desafio para esses desertores, que enfrentam a incerteza sobre seu futuro e a pressão do regime russo. A comunidade internacional, especialmente os países ocidentais, é instada a oferecer apoio e asilo para os desertores russos como forma de enfraquecer o exército russo e deter a guerra na Ucrânia. Essas pessoas corajosas são consideradas como verdadeiros combatentes da resistência e merecem ser acolhidas e protegidas.

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