O anúncio do investimento foi feito após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reunir com o diretor-geral da Enel, Flavio Cattaneo, durante uma viagem à Itália. Lula destacou a importância do compromisso assumido pela empresa e ressaltou a necessidade de garantir um fornecimento adequado de energia elétrica, especialmente em locais estratégicos como São Paulo.
Além disso, o governo condicionou a renovação das concessões à Enel e outras grandes empresas do setor elétrico à realização de investimentos significativos. O Ministério de Minas e Energia e a Casa Civil da Presidência da República estão discutindo os termos para a renovação de concessões que expiram a partir de 2025.
No entanto, a Enel enfrentou multas e críticas por conta dos apagões ocorridos nos últimos meses. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) multou a empresa em R$ 168,5 milhões em fevereiro, enquanto o Procon SP aplicou uma multa de R$ 12,9 milhões em abril. No Rio de Janeiro, a filial da Enel foi multada em R$ 13,067 milhões pela Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Em São Paulo, a Enel foi alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal, que pediu o fim do contrato com a empresa e exigiu investimentos de R$ 6,2 bilhões na rede de energia da capital paulista. Em meio a pressões e cobranças, a Enel se comprometeu a melhorar seus serviços e investir no setor para evitar novos apagões e interrupções no fornecimento de energia.