Larisa Krekmanova, pesquisadora em odontopediatria, pedodontia, na Academia Sahlgrenska da Universidade de Gotemburgo, destacou que muitos adolescentes têm dificuldade em expressar suas experiências negativas durante procedimentos odontológicos. Além disso, há um número significativo de jovens que consideram os exames odontológicos invasivos e estressantes, seja por medo ou dor.
O estudo incluiu 34 pacientes, sendo 20 submetidos a exames dentários regulares e 14 a tratamentos mais invasivos, que envolviam injeções anestésicas e extração de molares saudáveis. Durante os procedimentos, os participantes usaram dispositivos que coletavam dados sobre seus movimentos e transpiração por meio das propriedades elétricas da pele.
Os resultados revelaram que os jovens submetidos a tratamentos invasivos ficaram significativamente mais estressados do que aqueles que passaram por exames regulares. O momento de maior estresse foi identificado quando a anestesia era administrada, levando a picos de transpiração e movimentos das mãos.
Claudia Jaldin, dentista da clínica odontológica pública de Kvillebäcken, Gotemburgo, que participou do estudo, ressaltou a importância de entender o estresse causado por intervenções odontológicas invasivas em crianças e adolescentes. Ela destacou que no futuro, o uso de dispositivos para monitorar os níveis de estresse em tempo real pode auxiliar os profissionais a gerenciar essas situações, podendo até mesmo fazer pausas durante os procedimentos.
Em resumo, o estudo da Universidade de Gotemburgo trouxe informações valiosas sobre os níveis de estresse em jovens durante tratamentos dentários, demonstrando a importância de considerar o bem-estar emocional dos pacientes, especialmente em procedimentos mais invasivos.
