O ex-presidente argentino, Alberto Fernández, ressaltou a crescente percepção das desigualdades sociais e econômicas na América Latina, levando parte da população a questionar as instituições democráticas. Ele mencionou implicitamente o mandato do atual presidente argentino, Javier Milei, de extrema-direita, como um exemplo dessas mudanças.
A ex-presidente da Costa Rica, Laura Chinchilla, destacou a necessidade de repensar a democracia não apenas como um conjunto de regras, mas como um sistema que deve ser capaz de atender às demandas dos cidadãos. Ela enfatizou a importância de incentivar a participação e protagonismo da juventude no processo democrático.
Por sua vez, o ex-presidente mexicano, Felipe Calderón, enfatizou a importância de valorizar os aspectos humanos e sociais da região, em detrimento da exploração excessiva dos recursos naturais e econômicos. Ele ressaltou que o desenvolvimento futuro da América Latina depende do fortalecimento do Estado Democrático de Direito.
Jorge Quiroga, ex-presidente da Bolívia, enfatizou a necessidade de cooperação internacional para lidar com questões urgentes, como as mudanças climáticas e os desafios geopolíticos. Ele ressaltou que avanços significativos só serão possíveis com a colaboração entre os países, em vez de posicionamentos autoritários e isolados.
Juan Manuel Santos, ex-presidente da Colômbia e vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 2016, abordou a importância do papel das autoridades locais na promoção da paz e da democracia. Ele ressaltou a complexidade de liderar em tempos de guerra e paz, destacando a necessidade de visão de longo prazo e preocupação com o futuro em detrimento das preocupações eleitorais imediatas.
Nesse sentido, os ex-presidentes reunidos destacaram a importância de repensar os valores democráticos e promover a participação cidadã como forma de fortalecer as instituições políticas e sociais da América Latina.