Malu, como é carinhosamente chamada por sua família, luta diariamente contra a anemia falciforme, uma doença genética que afeta a circulação sanguínea e coloca sua vida em risco constantemente. Seu pai, Filippi Bezerra, relata a batalha de sua filha, destacando a importância das transfusões de sangue para sua sobrevivência.
Pacientes com anemia falciforme enfrentam dores intensas, infecções recorrentes e complicações que podem levar à morte precoce. A doença afeta especialmente indivíduos descendentes de afro-brasileiros e demanda cuidados constantes para garantir a qualidade de vida dos pacientes.
Em meio a esse cenário desafiador, surgem exemplos de solidariedade como o do metroviário Dimas Alberto de Assis, doador universal de sangue fenotipado, essencial para casos como o de Maria Luiza. Com mais de 34 doações realizadas através da Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope), Dimas destaca a importância de seu gesto para aqueles que necessitam desse tipo sanguíneo específico.
Além de Dimas, existem pessoas como José Nelson Tavares de Souza e Felipe Braccialli, doadores regulares que veem na doação de sangue um propósito de vida. Com mais de 118 doações pelo Hemope, Seu Nelson ressalta a importância de salvar vidas através desse gesto simples, mas impactante. Já Felipe, um professor de teatro de 34 anos, demonstra como pequenas mudanças em seus planos pessoais refletem seu compromisso com a doação de sangue.
A presidente do Hemope, Raquel Santana, destaca a necessidade de um maior engajamento da população para garantir o abastecimento dos estoques de sangue, especialmente em períodos festivos, quando as doações tendem a diminuir. Através de campanhas como o Junho Vermelho, a esperança é mobilizar mais doadores e salvar cada vez mais vidas. Afinal, uma única doação pode fazer a diferença para até quatro pessoas em situações de urgência e emergência. É através da solidariedade e do amor ao próximo que a corrente de doadores se fortalece e transforma vidas em histórias de superação e esperança.
