O relatório indicou que a implementação eficaz do plano de estabilização já resultou em superávits fiscais e externos, um aumento considerável nas reservas cambiais, além de uma desaceleração mais rápida da inflação do que o esperado. Isso também contribuiu para fortalecer a economia do Banco Central e reduzir os spreads soberanos para níveis mínimos em vários anos.
No entanto, o FMI alertou que os desequilíbrios macroeconômicos e os gargalos de crescimento ainda são significativos, e que o país enfrenta um longo e desafiador processo de ajuste. As políticas devem evoluir para aproveitar os ganhos já obtidos e estimular a atividade econômica.
A instituição também destacou a importância de obter apoio político e social para as reformas em andamento, além de aumentar a assistência social para proteger os grupos mais vulneráveis da população. Os riscos, apesar de moderados, ainda são considerados altos, exigindo respostas políticas rápidas e adaptáveis.
A vice-diretora-gerente do FMI, Gita Gopinath, ressaltou que o planejamento e a implementação de políticas continuam sendo fundamentais para garantir a estabilidade econômica e alcançar os objetivos do programa de estabilização da Argentina. A continuidade e a flexibilidade nas políticas serão essenciais para enfrentar os desafios em curso e garantir a eficácia das medidas adotadas pelo país sul-americano.
Em suma, o relatório do FMI destaca a necessidade de a Argentina continuar com os ajustes econômicos, buscando um equilíbrio entre estabilização econômica, crescimento sustentável e proteção social às camadas mais vulneráveis da população.