Comando Nacional da Greve convoca professores universitários para avaliação das propostas do governo até sexta-feira

O comando nacional da greve dos professores universitários, vinculado ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), está convocando os docentes a realizarem assembleias locais até sexta-feira (21) para discutir e avaliar as propostas apresentadas pelo governo federal à categoria.

Em um formulário enviado às seções sindicais, secretarias regionais e comandos locais de greve, o Andes questiona se os professores devem ou não assinar as proposições do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e do Ministério da Educação. Além disso, a categoria deve decidir se irá continuar com a greve ou buscar uma saída coletiva junto ao sindicato.

A resposta ao formulário deve ocorrer até o meio-dia da próxima sexta-feira, visando subsidiar a reunião do comando nacional de greve que acontecerá no fim de semana em Brasília. De acordo com o Andes, a greve, que teve início em abril, está presente em 64 das 69 universidades.

O comando informou aos professores os principais pontos da proposta do governo, que incluem a recomposição parcial do orçamento das universidades e institutos federais, o reajuste de benefícios como auxílio-alimentação, auxílio-saúde suplementar e auxílio-creche, e um aumento linear oferecido até 2026 de 12,8%.

O governo argumenta que, com o reajuste de 9% concedido ao funcionalismo federal em 2023, o aumento total para os professores ficará entre 23% e 43% no acumulado de quatro anos. A proposta prevê também mais investimentos na infraestrutura das universidades e hospitais universitários, além da criação de novos campi em todas as regiões do país.

Fica evidente que a categoria dos professores está em um momento decisivo de sua luta por melhores condições de trabalho e salários dignos. A repercussão dessas assembleias locais e da reunião do comando nacional de greve certamente terá um impacto significativo no desfecho dessa negociação. Vamos acompanhar de perto os desdobramentos desse movimento grevista, que faz parte de uma luta maior pela valorização da educação no Brasil.

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