O Andes encaminhou um formulário às seções sindicais, secretarias regionais e comandos locais de greve para que os professores manifestem se concordam ou não com as propostas do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e do Ministério da Educação. Além disso, a categoria também deverá decidir se continuará em greve ou buscará outra forma de mobilização junto ao sindicato.
As respostas ao formulário devem ser enviadas até o meio-dia da próxima sexta-feira e serão utilizadas para embasar a reunião do comando nacional de greve que será realizada em Brasília no fim de semana. Até o momento, a greve dos professores, iniciada em abril, está presente em 64 das 69 universidades.
Entre os pontos da proposta do governo para os docentes universitários estão a recomposição parcial do orçamento das universidades e institutos federais, reajuste de benefícios como auxílio-alimentação e auxílio-saúde suplementar, e um aumento linear que passaria de 9,2% para 12,8% até 2026, com parcelas a serem pagas em 2025 e 2026.
O governo afirma que, com o reajuste linear de 9% concedido ao funcionalismo federal em 2023, o aumento total para os professores universitários ficará entre 23% e 43% no acumulado de quatro anos. A proposta anterior previa um reajuste menor, resultando em um aumento total de 21,5% no mesmo período.
O Ministério da Educação se comprometeu a revogar a Portaria 983, que elevou a carga horária mínima semanal dos docentes, após o término da greve dos professores. Além disso, o presidente anunciou um investimento significativo em melhorias na infraestrutura das universidades federais, hospitais universitários e na criação de novos campi universitários, totalizando R$ 5,5 bilhões do novo PAC.
A negociação entre o governo e os professores universitários continua em andamento, com expectativa de decisões importantes nas próximas semanas. A comunidade acadêmica aguarda com expectativa as próximas etapas do processo para definição das condições de trabalho e remuneração dos docentes.