Comissão Temporária Interna discute regulamentação de Inteligência Artificial no Brasil para proteger direitos e garantir inovação tecnológica.

A Comissão Temporária Interna sobre Inteligência Artificial no Brasil (CTIA) vai se reunir nesta terça-feira (18) para discutir o projeto de lei (PL 2.338/2023), apresentado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que tem como objetivo regulamentar o uso da tecnologia no país. A proposta faz parte de um conjunto de nove projetos que visam estabelecer um arcabouço legal para o desenvolvimento e uso da IA no Brasil.

Criada em 2023, a CTIA terá a responsabilidade de analisar os projetos sugeridos antes e durante os trabalhos de uma comissão de juristas (CJSUBIA), que apresentou um texto-base sobre o tema. O senador Eduardo Gomes, relator da CTIA, destacou a complexidade da regulação da inteligência artificial, afirmando que é um dos desafios mais importantes enfrentados pelo Parlamento atualmente.

Os projetos em discussão abordam diversos temas, como a definição de princípios éticos para a IA, a criação de uma Política Nacional de Inteligência Artificial, a regulação do uso da IA em áreas como publicidade e justiça, e a implementação de mecanismos de governança e responsabilização. O relator ressaltou as vantagens da tecnologia, mas também alertou para os riscos, especialmente no que diz respeito à sustentabilidade dos regimes democráticos.

Um dos pontos de preocupação levantados pelo relator é o uso de inteligência artificial generativa, que pode criar imagens ou vídeos capazes de burlar verificações de identidade, facilitando a prática de fraudes e crimes contra a honra. Além disso, esses sistemas podem afetar processos eleitorais e enganar a população de forma ampla.

Os projetos que tramitam em conjunto tratam de diversos aspectos relacionados à inteligência artificial, como princípios para o uso, política nacional, fundamentos e diretrizes para o desenvolvimento e aplicação, entre outros temas. A discussão sobre a regulamentação da IA é fundamental para garantir que a tecnologia seja utilizada de forma ética e responsável no Brasil.

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