A dipirona é um medicamento amplamente utilizado há mais de um século para o tratamento de dor e febre, sendo autorizado em diversos países europeus, como Alemanha, Portugal e Bélgica, e em outras nações, incluindo o Brasil. No entanto, seu uso é proibido em locais como Estados Unidos e Reino Unido desde a década de 1970 devido aos riscos de agranulocitose, uma condição que pode levar a complicações graves e até mesmo fatais.
A EMA informou que os medicamentos contendo dipirona já mencionam o risco raro de agranulocitose em suas bulas, no entanto, a agência finlandesa registrou um aumento nos casos desse efeito colateral, levando a empresa que comercializa o único remédio desse tipo no país a solicitar a retirada da autorização devido a questões de segurança.
O Comitê de Segurança da EMA (PRAC) está avaliando o risco de agranulocitose para todos os medicamentos contendo metamizol (dipirona) autorizados na União Europeia e revisará as medidas existentes para minimizar esse risco. A agência emitirá uma recomendação sobre a continuidade da comercialização desses medicamentos em toda a UE, considerando o impacto desse efeito colateral na relação risco-benefício.
A dipirona é um medicamento controverso, sendo proibido em alguns países devido aos riscos de agranulocitose, mas estudos mais recentes demonstram uma frequência muito baixa desse efeito adverso em comparação com outros analgésicos comuns. Ainda assim, a EMA está tomando medidas para garantir a segurança dos pacientes que utilizam medicamentos contendo dipirona. Acompanhe as atualizações sobre essa revisão para ficar informado sobre os desdobramentos dessa análise.
