Em uma coletiva de imprensa, Machado declarou que o regime venezuelano está criminalizando a via eleitoral e a atividade de campanha, resultando na prisão de dirigentes políticos e sociais. Dos 37 detidos, dez estão diretamente ligados ao comando de campanha de Machado. Além disso, seis estão sob proteção na embaixada da Argentina.
A dirigente de 54 anos relatou que dois de seus colaboradores foram presos quando saíram para comprar almoço perto do seu comando de campanha em Caracas. Gabriel González e Javier Cisneros foram detidos sob acusação de instigação ao ódio e associação para delinquir simplesmente por acompanharem o candidato de Machado em uma atividade em Vargas.
Machado, apesar de ser a favorita nas pesquisas, foi inabilitada pela Controladoria, levando-a a nomear o diplomata Edmundo González Urrutia como seu substituto nas eleições contra Maduro. A oposição tem denunciado uma clara perseguição política, que incluiu fechamentos e multas a estabelecimentos que prestaram serviços à Machado e sua equipe.
Os atos de repressão do governo não param por aí, com a detenção arbitrária de outros três opositores na última sexta-feira, após organizarem uma atividade onde González Urrutia esteve presente. Até o dia 13 de junho, a ONG Fórum Penal contabilizava 278 “presos políticos” na Venezuela.
Enquanto as acusações e detenções políticas aumentam, o governo de Maduro mantém-se em silêncio, enquanto a oposição denuncia os atentados contra a democracia no país. A campanha eleitoral na Venezuela está sendo marcada por uma forte repressão aos dissidentes, o que gera preocupação sobre a legitimidade e transparência do processo eleitoral no país.