Integrantes da Otan atingem recorde em gastos com defesa, refletindo preocupações com guerra na Ucrânia e possibilidade de escalada na Europa.

Nesta segunda-feira, Jens Stoltenberg, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), anunciou que mais de 20 países membros da aliança militar estão atingindo a meta de gastos com defesa este ano, o que representa um recorde para o grupo. Essa informação é bastante significativa, já que o número estimado de nações que estão cumprindo com o objetivo representa um aumento de quase quatro vezes em relação a 2021.

Antes da invasão em grande escala da Ucrânia pelo presidente russo, Vladimir Putin, apenas seis nações cumpriam a meta de destinar pelo menos 2% do seu Produto Interno Bruto (PIB) na defesa. Contudo, o aumento no número de países que estão alcançando essa marca reflete as preocupações com a situação na Ucrânia e o temor de uma escalada por toda a Europa.

Além disso, o receio de uma possível reeleição do ex-presidente americano Donald Trump também tem impulsionado esses aumentos nos gastos com defesa. Durante sua campanha, Trump criticou muitos aliados da Otan, chamando-os de aproveitadores das despesas militares dos EUA e ameaçando não defender os membros da aliança que não cumprissem com as metas de gastos.

Essas movimentações evidenciam como a segurança e a defesa têm sido temas prioritários na agenda internacional, principalmente diante do cenário geopolítico atual. Os investimentos em defesa são vistos como uma forma de garantir a proteção dos países membros da Otan em um momento de incertezas e desafios globais.

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