Ursula von der Leyen, atual presidente da Comissão Europeia e candidata a um novo mandato de cinco anos, foi considerada a favorita para continuar liderando o Executivo da UE. Entretanto, Von der Leyen participou apenas do início das conversações, visto que, por estar concorrendo ao cargo, precisou deixar o local para que os chefes de Governo pudessem discutir a distribuição de cargos entre as forças políticas.
Durante o jantar, os líderes europeus também debateram alternativas para outros cargos influentes, como o de Alto Representante da diplomacia do bloco e presidente do Parlamento Europeu. O presidente francês, Emmanuel Macron, e o chefe de Governo alemão, Olaf Scholz, chegaram ao encontro em uma posição enfraquecida devido às derrotas para a extrema direita nas eleições europeias.
Enquanto isso, a primeira-ministra italiana, Georgia Meloni, fortaleceu sua posição após a vitória de seu partido de extrema direita nas eleições. As negociações foram marcadas por apoio à candidatura de Von der Leyen por parte do Partido Popular Europeu (PPE, direita), e as discussões indicaram um possível consenso em relação a seu nome.
Apesar do apoio dos governantes em Bruxelas, a aprovação de Von der Leyen ainda depende do novo Parlamento Europeu, onde ela precisará de pelo menos 361 votos de um total de 720 deputados. Outros nomes em destaque foram o da primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, para o cargo de Alto Representante, e da conservadora maltesa Roberta Metsola para a presidência do Parlamento Europeu.
Diplomatas europeus revelaram que o PPE propôs a divisão do mandato à frente do Conselho Europeu em duas metades de dois anos e meio cada, com um representante do bloco assumindo a liderança no segundo semestre. A expectativa é que as próximas semanas sejam marcadas por definições e acordos entre os líderes europeus para a ocupação dos “top jobs” na União Europeia.