Ministro do STF declara suspeição em julgamento de ADPF sobre ações no exterior relacionadas a desastres em MG.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, anunciou que estará impedido de julgar uma arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) apresentada pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que busca considerar ilegítimas as ações movidas por municípios brasileiros no exterior. A ADPF citou processos em países como Reino Unido, Holanda e Alemanha contra empresas envolvidas nos rompimentos das barragens de Mariana (MG) e Brumadinho (MG), podendo resultar em condenações à Vale e BHP.

O documento protocolado por Zanin nesta segunda-feira (17) ressalta a conexão direta da controvérsia com os rompimentos das barragens em Minas Gerais. O ministro justificou seu impedimento devido ao fato de ter atuado como advogado em questões relacionadas aos desastres antes de assumir o cargo no STF, evidenciando a suspeição na sua participação no julgamento, que foi designado a ele por sorteio.

O Instituto Brasileiro de Mineração argumenta que as ações judiciais no exterior, originadas de acontecimentos no Brasil, violam os preceitos fundamentais que regem a soberania nacional e competências atribuídas ao poder judiciário brasileiro. Dessa forma, a ADPF busca contestar essa prática perante o Supremo Tribunal Federal.

A complexidade do caso e a relevância das questões envolvidas demonstram a importância do julgamento desta arguição de descumprimento de preceito fundamental. A decisão de Cristiano Zanin em se declarar impedido reflete o comprometimento com a ética e a imparcialidade no exercício da função no mais alto tribunal do país. A sociedade aguarda ansiosamente o desenrolar desse processo e as implicações que ele poderá ter no cenário jurídico nacional.

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