Os primeiros casos de malária na humanidade: estudo revela origens antigas e impacto global da doença infecciosa.

A malária, uma das doenças infecciosas mais mortais em todo o mundo, tem sua origem nas picadas das fêmeas do mosquito Anopheles, conhecido como mosquito-prego, que estão contaminadas pelo protozoário Plasmodium vivax, no Brasil.

Apesar de ser uma doença antiga, as origens da malária sempre foram um mistério. Contudo, um novo estudo publicado na revista Nature trouxe luz a esses primórdios. Pesquisadores, usando avanços no campo da genética, conseguiram rastrear os primeiros casos da doença na humanidade.

Essa investigação foi possível devido a uma nova tecnologia que utiliza os dentes de cadáveres para identificar vestígios de agentes patogênicos presentes no sangue no momento da morte. A malária, por sua característica de não deixar evidências visíveis em esqueletos humanos, sempre foi um desafio de ser rastreada historicamente.

No estudo, pesquisadores de 21 países analisaram dados de 36 indivíduos infectados pela malária em diferentes continentes. O primeiro caso conhecido da doença foi identificado em Chokhopani, no Nepal, por volta de 800 a.C. Um homem que havia viajado de uma região de baixa altitude para o local foi o primeiro registro de malária por P. falciparum.

Outros casos foram encontrados na Europa, indicando a presença da malária na pré-história do continente. A semelhança entre cepas de Plasmodium vivax na Cordilheira dos Andes peruana e na Europa sugere que colonizadores europeus levaram o protozoário para a América do Sul.

Esse estudo revela novas informações sobre a disseminação da malária ao longo da história e como as populações foram afetadas por essa doença infecciosa. A malária, com sua história complexa e sua devastação, é um exemplo do impacto das doenças infecciosas na humanidade e na forma como elas moldaram o mundo em que vivemos hoje.

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