Presidente do Chile exige retiro imediato de painéis solares da Argentina na fronteira para evitar escalada de tensões.

O presidente do Chile, Gabriel Boric, protagonizou uma situação inusitada nesta segunda-feira (17) ao exigir que a Argentina retire painéis solares instalados por engano no lado chileno da fronteira. Em meio a uma visita oficial em Paris, o mandatário chileno declarou a jornalistas locais que as fronteiras não podem ser motivo de ambiguidade e que é necessário haver respeito entre os países envolvidos.

A polêmica teve início quando a Marinha argentina inaugurou o “Posto de Vigilância e Controle de Trânsito Marítimo Hito 1” na fronteira com o Chile, na região da Patagônia. Os painéis solares, que fornecem energia a essa unidade militar, foram instalados no território chileno de forma equivocada.

Ao abordar o assunto, Boric demonstrou firmeza ao afirmar que os painéis solares devem ser retirados o mais breve possível, sob pena de o próprio Chile se responsabilizar pela remoção. O chanceler chileno Alberto Van Klaveren também se pronunciou sobre a situação, informando que a Argentina reconheceu o erro e pediu desculpas.

No entanto, o embaixador argentino no Chile, Jorge Faurie, afirmou que os painéis solares seriam removidos assim que as condições climáticas permitissem. A relação entre Chile e Argentina já foi marcada por tensões no passado, incluindo uma disputa sobre as ilhas no Canal de Beagle nos anos 70, que quase resultou em um conflito armado.

Após a mediação do papa João Paulo II, a disputa foi resolvida em favor do Chile. A extensa fronteira de 5.000 quilômetros entre os dois países é uma das mais longas do mundo e requer constante diálogo e entendimento mútuo para evitar novos desentendimentos.

Ao exigir a retirada dos painéis solares, o presidente Gabriel Boric reforça a importância do respeito mútuo entre nações vizinhas e a necessidade de seguir protocolos estabelecidos para evitar situações semelhantes que possam minar a boa convivência entre os países.

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