A polêmica teve início quando a Marinha argentina inaugurou o “Posto de Vigilância e Controle de Trânsito Marítimo Hito 1” na fronteira com o Chile, na região da Patagônia. Os painéis solares, que fornecem energia a essa unidade militar, foram instalados no território chileno de forma equivocada.
Ao abordar o assunto, Boric demonstrou firmeza ao afirmar que os painéis solares devem ser retirados o mais breve possível, sob pena de o próprio Chile se responsabilizar pela remoção. O chanceler chileno Alberto Van Klaveren também se pronunciou sobre a situação, informando que a Argentina reconheceu o erro e pediu desculpas.
No entanto, o embaixador argentino no Chile, Jorge Faurie, afirmou que os painéis solares seriam removidos assim que as condições climáticas permitissem. A relação entre Chile e Argentina já foi marcada por tensões no passado, incluindo uma disputa sobre as ilhas no Canal de Beagle nos anos 70, que quase resultou em um conflito armado.
Após a mediação do papa João Paulo II, a disputa foi resolvida em favor do Chile. A extensa fronteira de 5.000 quilômetros entre os dois países é uma das mais longas do mundo e requer constante diálogo e entendimento mútuo para evitar novos desentendimentos.
Ao exigir a retirada dos painéis solares, o presidente Gabriel Boric reforça a importância do respeito mútuo entre nações vizinhas e a necessidade de seguir protocolos estabelecidos para evitar situações semelhantes que possam minar a boa convivência entre os países.