Presidente do Solidariedade é preso preventivamente por desvio milionário de fundo partidário e eleitoral, após três dias foragido.

O presidente licenciado do partido Solidariedade, Eurípedes Gomes Júnior, enfrentou uma audiência de custódia e passou por exame de corpo de delito no último domingo, após sua prisão preventiva em Brasília. Ele se entregou à Polícia Federal no sábado, depois de três dias foragido. Na audiência, seus advogados solicitaram que a prisão preventiva fosse convertida em domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica, porém, o pedido foi negado.

Eurípedes Júnior é um dos alvos da Operação Fundo no Poço, deflagrada na última quarta-feira, e encontra-se detido na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, com previsão de ser transferido para o complexo penitenciário da Papuda, em São Sebastião, no Distrito Federal.

Antes de se entregar, o político licenciou-se da presidência do Solidariedade por tempo indeterminado, sendo substituído por Paulo Pereira da Silva, conhecido como Paulinho da Força. A operação investiga desvios de aproximadamente R$ 36 milhões do fundo partidário e eleitoral do Partido Republicano da Ordem Social (Pros) nas eleições de 2022.

O esquema envolvia candidaturas laranjas em todo o país, superfaturamento de serviços de consultoria jurídica e desvio de recursos destinados à Fundação de Ordem Social (FOS), entidade ligada ao partido. Eurípedes Júnior é investigado por crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, falsidade ideológica eleitoral e apropriação de recursos eleitorais.

O antigo Pros se fundiu ao Solidariedade em 2023. A defesa do político afirma que ele conseguirá provar sua inocência nos processos em andamento. Alegam que Eurípedes Gomes de Macedo Júnior irá demonstrar, perante a Justiça, sua total inocência diante das acusações apresentadas no inquérito policial.

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