Os manifestantes se reuniram no Centro da Cidade, especificamente no Parque Treze de Maio, e seguiram em direção ao Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo do Estado, onde foram recebidos para debater as reivindicações apresentadas.
Durante a mobilização, o vice-presidente do movimento habitacional dos prédios-caixão, Eilton da Silva, expressou a insatisfação dos proprietários em relação aos valores propostos de indenização. Segundo ele, os valores apresentados estão abaixo do esperado pelos donos dos imóveis, que buscam compensações que ultrapassem a casa dos R$ 500 mil.
O acordo assinado pelo Governo de Pernambuco, juntamente com representantes de outras entidades como a Caixa Econômica Federal, prevê uma indenização de até R$ 120 mil para os proprietários dos imóveis em questão. Além disso, outra preocupação levantada pelo movimento diz respeito à multa decendial, que está limitada ao valor da obrigação principal em caso de atraso no pagamento da indenização securitária.
O senador Humberto Costa foi fundamental na articulação para a elaboração do acordo, que prevê o repasse de R$ 1,7 bilhão pela Caixa Econômica Federal por meio do Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS) para garantir as indenizações aos proprietários dos apartamentos afetados.
Diante do impasse, o Governo de Pernambuco se pronunciou oficialmente, destacando que buscou contribuir para a solução do problema, embora não estivesse envolvido na discussão judicial. A proposta inicial de indenização de R$ 32 mil foi ampliada para R$ 120 mil, permitindo que os antigos mutuários possam adquirir novos imóveis por meio de programas habitacionais do governo.
Em suma, a mobilização dos proprietários dos prédios-caixão na Região Metropolitana do Recife busca garantir compensações justas e resolver questões habitacionais que se arrastam há anos, com a colaboração do governo e entidades envolvidas.
