Conhecida como “dupla mutante”, essa variante já foi identificada em 15 países ao redor do mundo, em cinco continentes, incluindo os EUA. No entanto, a presença dessa mutação é relativamente baixa, representando apenas 1% das amostras recolhidas entre maio de 2023 e fevereiro de 2024.
Os pesquisadores alertam que os dados podem não representar com precisão a proporção real da variante em circulação, devido às diferenças nas estratégias de vigilância e sequenciamento adotadas por cada país. Em estudos de laboratório, foi observado que essa variante reduziu a eficácia do oseltamivir em pelo menos 16 vezes, tornando-se resistente a esse antiviral.
Apesar disso, a ameaça apresentada por essa variante ainda é considerada baixa. Outros medicamentos antivirais contra a gripe, como o baloxavir, demonstraram eficácia contra essa mutação.
O CDC recomenda um monitoramento próximo da situação para avaliar qualquer mudança no comportamento do vírus. Até o momento, os mutantes duplos testados mantiveram a suscetibilidade a outros medicamentos antivirais aprovados, o que traz um certo alívio em relação ao tratamento da gripe.
É fundamental que as autoridades de saúde estejam atentas a esse cenário e tomem as medidas necessárias para conter a disseminação dessa variante resistente ao oseltamivir. A pesquisa continua para entender melhor essa mutação e garantir a eficácia dos tratamentos contra a gripe.