Imagens divulgadas pela imprensa local revelaram marcas de tiros em uma das janelas e na parte de trás da caminhonete em que Sigifredo Márquez se encontrava durante o atentado. Este não é o primeiro episódio de violência que atinge a família de Francia Márquez, que antes de assumir o cargo de vice-presidente da Colômbia atuava como ativista ambiental no departamento de Cauca e já havia sido alvo de um ataque a tiros.
A região em que ocorreu o atentado, no sudoeste do país, é conhecida por ser dominada por dissidentes das Farc, que controlam rotas do narcotráfico na área. O presidente Gustavo Petro solicitou que as autoridades iniciem uma investigação para apurar os responsáveis pelo incidente.
Francia Márquez é a primeira mulher negra a ocupar a vice-presidência da Colômbia, e sua ascensão ao cargo representa um marco histórico no país. No entanto, os episódios de violência que têm cercado sua trajetória política aumentam as preocupações com sua segurança e levantam questões sobre a garantia da integridade das autoridades no país.
Este não é um incidente isolado, pois a vice-presidente já havia denunciado tentativas anteriores de sabotagem, como a presença de explosivos em rotas que ela iria percorrer. A situação reacende o debate sobre a segurança dos líderes políticos na Colômbia e a necessidade de medidas mais eficazes para protegê-los de potenciais ameaças.