CAE aprova projeto que cria Fundo de Investimento em Infraestrutura Social para melhorar serviços públicos essenciais no país.

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), em decisão tomada nesta terça-feira (18), aprovou o projeto de lei que visa criar o Fundo de Investimento em Infraestrutura Social (FIIS), destinado a investimentos em equipamentos e serviços públicos nas áreas de educação, saúde e segurança pública. O PL 858/2024, de autoria do senador Confúcio Moura (MDB-RO), recebeu voto favorável do relator, o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), e agora aguarda análise na Câmara dos Deputados. Caso não haja recurso para votação pelo Plenário, o texto seguirá seu curso.

Segundo o relator, o FIIS é uma ferramenta essencial para incrementar os investimentos em estrutura social no país. Os recursos para o Fundo provirão de diferentes fontes, como dotações consignadas na Lei Orçamentária Anual da União (LOA), empréstimos e convênios celebrados com entidades da administração pública. Confúcio Moura estima que serão direcionados R$ 10 bilhões para investimentos já em 2025.

A gestão do FIIS será realizada por um Comitê Gestor, coordenado pela Casa Civil da Presidência da República, cuja competência será estabelecida em regulamento. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) atuará como agente financeiro do Fundo, devendo apresentar anualmente relatórios sobre as operações de financiamento realizadas e disponibilizar essas informações ao público.

A aplicação dos recursos poderá abranger atividades como universalização da educação infantil, fundamental e ensino médio, atenção à saúde pública, melhoria na gestão da segurança pública, entre outras relevantes para a sociedade. O FIIS oferecerá tanto financiamentos reembolsáveis, operacionalizados pelo BNDES, quanto aportes não reembolsáveis utilizados diretamente pelos ministérios envolvidos.

O relator destacou que a criação do FIIS poderá contribuir significativamente para a melhoria da infraestrutura social brasileira, que ainda é considerada bastante deficiente. Além disso, uma emenda incluída no relatório de Randolfe autoriza agentes operadores a renegociar as operações de crédito, quando necessário, nos projetos lastreados com o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), visando incrementar a flexibilidade e eficiência desses projetos.

Diante do cenário crítico da infraestrutura no país e na região Nordeste em especial, a emenda proposta busca garantir maior eficiência e agilidade nos projetos apoiados pelo FDNE, sem representar riscos adicionais para os agentes operadores. A medida visa melhorar as condições de desenvolvimento e investimento na região, contribuindo para o avanço socioeconômico do Nordeste.

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