As investigações apontam que Barbosa usou sua autoridade como chefe da Polícia Civil para garantir aos mentores intelectuais do crime que permaneceriam impunes. Ele chegou a ser preso pela Polícia Federal em março deste ano.
Além do delegado, outros quatro suspeitos também foram denunciados pelos assassinatos. Entre eles estão o deputado federal Chiquinho Brazão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio, Domingos Brazão, o major da PM Ronald Paulo Alves Pereira e o assessor do conselheiro, conhecido como Peixe.
Em depoimento à Polícia Federal, Barbosa negou qualquer envolvimento no planejamento do homicídio de Marielle e negou proteger os supostos mandantes do crime. Ele foi chefe da Polícia Civil durante as investigações do assassinato.
Segundo a delação de Ronnie Lessa, Barbosa deu o aval aos irmãos Brazão para que o crime ficasse impune. Essa atitude teria sido uma maneira segura de cometer homicídios na capital fluminense, evitando qualquer tentativa de extorsão por parte dos investigadores.
O advogado de Barbosa, Marcelo Ferreira, defendeu seu cliente, afirmando que ele nunca teve contato com as pessoas envolvidas e que colaborou com as autoridades ao entregar seu celular. Outros relatos também indicam que o delegado teria obstruído as investigações, chegando a fornecer informações falsas para desviar o foco dos reais culpados.
Rivaldo Barbosa, que ocupou cargos importantes na Segurança Pública do Rio, enfrenta sérias acusações e seu caso promete trazer à tona mais detalhes sobre os bastidores da investigação do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.