Delegado Rivaldo Barbosa pode se tornar réu por envolvimento na morte de Marielle Franco e Anderson Gomes, julgamento começa hoje no STF

O delegado Rivaldo Barbosa está prestes a se tornar réu no caso da morte de Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes. Nesta terça-feira, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) irá julgar a denúncia dos assassinatos, marcado para as 14h30.

As investigações apontam que Barbosa usou sua autoridade como chefe da Polícia Civil para garantir aos mentores intelectuais do crime que permaneceriam impunes. Ele chegou a ser preso pela Polícia Federal em março deste ano.

Além do delegado, outros quatro suspeitos também foram denunciados pelos assassinatos. Entre eles estão o deputado federal Chiquinho Brazão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio, Domingos Brazão, o major da PM Ronald Paulo Alves Pereira e o assessor do conselheiro, conhecido como Peixe.

Em depoimento à Polícia Federal, Barbosa negou qualquer envolvimento no planejamento do homicídio de Marielle e negou proteger os supostos mandantes do crime. Ele foi chefe da Polícia Civil durante as investigações do assassinato.

Segundo a delação de Ronnie Lessa, Barbosa deu o aval aos irmãos Brazão para que o crime ficasse impune. Essa atitude teria sido uma maneira segura de cometer homicídios na capital fluminense, evitando qualquer tentativa de extorsão por parte dos investigadores.

O advogado de Barbosa, Marcelo Ferreira, defendeu seu cliente, afirmando que ele nunca teve contato com as pessoas envolvidas e que colaborou com as autoridades ao entregar seu celular. Outros relatos também indicam que o delegado teria obstruído as investigações, chegando a fornecer informações falsas para desviar o foco dos reais culpados.

Rivaldo Barbosa, que ocupou cargos importantes na Segurança Pública do Rio, enfrenta sérias acusações e seu caso promete trazer à tona mais detalhes sobre os bastidores da investigação do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.

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