Escândalo na OceanGate: CEO Rush é exposto por mentiras e negligências no desenvolvimento do submersível Titan após implosão.

No ano de 2023, a implosão do submersível Titan durante uma expedição para visitar os destroços do Titanic chocou o mundo. Agora, um ano após o trágico incidente, documentos internos da empresa OceanGate foram revelados pela imprensa americana, trazendo à tona diversas informações preocupantes sobre a operação envolvendo o submarino.

De acordo com os relatórios obtidos pela Wired, a Boeing e a Universidade de Washington estavam inicialmente envolvidas no projeto do Titan, mas seus trabalhos não foram incorporados ao design final da embarcação. Além disso, ex-funcionários da OceanGate revelaram uma cultura corporativa de silêncio, onde aqueles que questionavam as decisões dos superiores eram demitidos sumariamente.

O CEO da empresa, Stockton Rush, foi descrito pelos ex-colaboradores como alguém obcecado por sua ambição de se tornar o “Elon Musk dos mares profundos”. Rush teria exagerado sobre o progresso da OceanGate e chegado a mentir sobre problemas significativos com o casco do Titan em pelo menos uma ocasião.

O Titan enfrentou inúmeros problemas, com um relatório de inspeção identificando 27 defeitos antes do submersível ser entregue para testes no mar. O supervisor de operações marítimas, David Lochridge, alertou Stockton Rush sobre a falta de segurança da embarcação, mas acabou sendo demitido e processado sob a alegação de quebrar contrato ao denunciar o Titan à Administração de Segurança e Saúde Ocupacional.

Apesar das grandes ambições de Rush para a OceanGate, a empresa enfrentava dificuldades financeiras, como a contratação de estagiários com salários baixos e a redução de custos em materiais essenciais. A OceanGate havia arrecadado cerca de R$ 45 milhões em capital de risco até 2018, mas as viagens ao Titanic eram vistas como a verdadeira oportunidade de negócio.

A implosão do Titan em 2023 resultou na perda de cinco vidas, incluindo importantes figuras ligadas à expedição. O destino trágico do submersível gerou uma intensa busca internacional, com especulações sobre a possibilidade de sobreviventes presos nas profundezas do Oceano Atlântico. No entanto, a Guarda Costeira confirmou a implosão catastrófica do Titan, encerrando as esperanças de resgate.

O caso do Titan levantou questões sobre a segurança e confiabilidade de embarcações submersíveis, bem como sobre as práticas éticas e de segurança adotadas pelas empresas envolvidas em expedições desse tipo. A investigação sobre as causas da implosão do Titan continua em andamento, à medida que se busca evitar que tragédias semelhantes ocorram no futuro.

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