Segundo o jornal britânico The Guardian, o abuso teria ocorrido por mais de quatro anos, o que causou indignação e revolta nos fiéis da igreja. A confirmação da renúncia veio por meio do conselho de irmãos da instituição religiosa, que declarou à NBC que estavam cientes do relacionamento extraconjugal de Morris, porém, não tinham conhecimento do abuso infantil.
A igreja Gateway anunciou a contratação de um escritório de advocacia para revisar as alegações e garantir um entendimento completo do que realmente aconteceu. Morris, por sua vez, confessou as acusações e expressou arrependimento em uma declaração ao site Christian Post, admitindo ter se envolvido em um comportamento inadequado com a vítima quando ela tinha apenas 12 anos.
A vítima, atualmente com 54 anos, relatou ao Christian Post que levou décadas para processar os abusos e se sentiu horrorizada por ter sido descrita como “jovem” na declaração de Morris, já que era apenas uma criança na época. Ela também contestou a versão do ex-pastor, alegando que seu pai exigiu a saída dele do ministério sob ameaça de denúncia à polícia.
Morris, que nunca foi acusado criminalmente, foi destaque no cenário religioso norte-americano por ocupar o cargo de conselheiro de Donald Trump durante a campanha presidencial de 2016. No entanto, a revelação dos abusos sexuais cometidos pelo pastor abalou a comunidade evangélica e gerou uma onda de indignação.