Ao longo do processo, Alperovich foi considerado culpado de seis crimes de abuso sexual agravado com acesso carnal, além de três de abuso simples e dois de tentativa de abuso. Todos esses atos foram cometidos entre 2017 e 2018, contra a filha de seu primo irmão, que ocupava o cargo de secretária do ex-governador na época.
O juiz destacou que todos esses atos foram caracterizados por intimidação, abuso de poder e de uma relação de dependência. A decisão surpreendeu Milagro Mariona, porta-voz da denunciante, que afirmou não esperar uma pena tão rigorosa e a prisão imediata do acusado. Para ela, o juiz estabeleceu um precedente importante para casos dessa natureza.
Durante o julgamento, a promotoria havia solicitado uma pena de 16 anos e meio, enquanto a acusação particular pediu 22 anos de prisão. O processo judicial teve a participação de cerca de 70 peritos e testemunhas, com 15 audiências realizadas desde fevereiro.
A condenação de José Alperovich por crimes de abuso sexual agravado repercutiu fortemente na Argentina, levantando debates sobre a violência contra as mulheres e os abusos de poder. A sentença representou uma vitória para os movimentos que lutam pelos direitos das vítimas de violência sexual e um marco na justiça do país.