Durante reunião da comissão externa da Câmara dos Deputados para debater a situação vivida pelos Yanomami, Joênia destacou a necessidade de dar continuidade às ações de combate ao garimpo ilegal e de proporcionar estrutura e segurança para os servidores da Funai atuarem na região. A presidente da Funai ressaltou que é preciso não apenas garantir recursos financeiros, mas também revitalizar as estruturas físicas que foram deterioradas ao longo dos anos.
Os dados do Ministério dos Povos Indígenas apontam que, somente em 2022, 99 crianças Yanomami com menos de 5 anos faleceram, em sua maioria, em decorrência de desnutrição, pneumonia e diarreia. A Terra Yanomami, com mais de 9 milhões de hectares, abrange os estados de Roraima e Amazonas, sendo a maior reserva indígena do país.
Diante da gravidade da situação, medidas emergenciais foram adotadas, incluindo a distribuição de 59 mil cestas básicas em 2023 e a criação de uma estrutura permanente, coordenada pela Casa Civil da Presidência, para gerir as ações e serviços destinados aos Yanomami. Com um orçamento previsto de R$ 1,2 bilhão para 2024, o governo federal busca uma abordagem integrada para enfrentar a crise humanitária no território indígena.
Joênia ressaltou ainda a contaminação por mercúrio como um desafio significativo para a segurança alimentar dos Yanomami, destacando a necessidade de projetos de piscicultura e pesca artesanal para mitigar os impactos. A presidente da Funai enfatizou a importância de respeitar a autonomia dos povos indígenas e garantir o cumprimento de suas garantias constitucionais no processo de desenvolvimento. Para Joênia, é essencial apoiar os indígenas na sua forma de vida e gestão das terras, reconhecendo e respeitando sua cultura e direitos.