Ministro de Israel promete destruir Hezbollah em “guerra total” caso tensões aumentem na fronteira com o Líbano

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, desencadeou polêmica nesta terça-feira (18) ao afirmar que o movimento Hezbollah seria destruído em caso de uma “guerra total”. As declarações surgem em meio a crescentes tensões na fronteira comum entre Israel e Líbano, após vários confrontos entre o grupo e as forças israelenses nas últimas semanas.

“Estamos à beira de mudar as regras do jogo contra o Hezbollah e o Líbano. Em uma guerra total, o Hezbollah será aniquilado e o Líbano sofrerá duras consequências”, declarou Katz em comunicado divulgado por seu gabinete e na rede X. O ministro também criticou o líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah, por supostamente ameaçar danificar os portos de Haifa, operados por grandes empresas chinesas e indianas.

Essa escalada de tensões ocorre em meio a uma série de trocas de tiros na fronteira entre Israel e Líbano. Recentemente, o Hezbollah divulgou imagens, supostamente capturadas por um drone, de pontos estratégicos em Haifa, cidade portuária no norte de Israel. No entanto, a veracidade dessas imagens ainda não foi confirmada de forma independente.

A visita do enviado especial do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a Beirute também tem como objetivo reduzir a tensão entre os dois países. Amos Hochstein se reuniu com autoridades israelenses e libanesas, enfatizando a gravidade da situação e a urgência de evitar uma guerra em larga escala.

A fronteira entre Israel e Líbano tem sido palco de confrontos quase diários, principalmente desde o início do conflito entre Israel e o Hamas em Gaza. O Hezbollah, aliado do Hamas, reivindica ter realizado mais de 2.100 operações militares contra Israel desde o início dos confrontos. O movimento xiita também intensificou seus ataques a instalações militares no norte de Israel recentemente.

Há meses, a região tem sido marcada por violência, resultando em centenas de mortes no Líbano e em Israel. A comunidade internacional teme o agravamento do conflito e trabalha para evitar um cenário de guerra em larga escala na região.

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