O foco do novo inquérito será a apuração do crime de obstrução durante a fase inicial da investigação, que foi conduzida pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Os principais alvos são o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão, o seu irmão, o deputado federal (Sem Partido-RJ) Chiquinho Brazão, o ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, o delegado Giniton Lages e o comissário de polícia Marco Antonio de Barros Pinto. Giniton e Marco Antonio estavam encarregados de liderar a investigação sobre o brutal assassinato.
Além disso, o ministro solicitou ao Ministério Público do Rio de Janeiro que avalie a abertura de uma nova investigação para apurar possíveis crimes de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, supostamente cometidos por Rivaldo Barbosa e sua esposa, Érika Andrade Araújo, acusada pela Polícia Federal de movimentar uma quantia milionária em um curto período.
A determinação de Moraes foi tomada como resultado de um julgamento da Primeira Turma do STF, que decidiu de forma unânime tornar réus cinco acusados pelo assassinato de Marielle. Durante o julgamento, a defesa dos réus rejeitou veementemente as acusações, sinalizando que o caso ainda está longe de ter um desfecho definitivo.
Essa reviravolta no caso de Marielle Franco coloca ainda mais pressão sobre as autoridades responsáveis pela investigação, aumentando a expectativa por respostas e justiça. A sociedade aguarda ansiosa por esclarecimentos e punições para os responsáveis por esse ato covarde que ceifou a vida de uma importante liderança política.