A agenda do presidente russo na cidade inclui homenagens, uma recepção de Estado e um recital de música clássica, mas o destaque está no acordo que ainda não teve seus termos clarificados. Analistas acreditam que o acordo abordará a cooperação nos setores aeroespacial, armamentista, de saúde e tecnologia.
Na véspera da chegada, Putin assinou um decreto concedendo plenos poderes ao seu Gabinete ministerial para finalizar as negociações do texto do acordo. A relação entre Rússia e Coreia do Norte estava morna desde a última visita de Putin ao país em 2000, mas a guerra na Ucrânia fez com que o Kremlin olhasse com mais atenção para o antigo aliado e para os arsenais armazenados ao longo dos anos.
Essa parceria tem despertado preocupações no Ocidente, principalmente na Otan, que vê a aliança como uma possível violação das sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU. O fornecimento de armas norte-coreanas a Moscou e as possíveis medidas unilaterais de Washington e aliados aumentam ainda mais a tensão.
A visita de Putin à Coreia do Norte foi citada pelo secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, como um reflexo dos laços estreitos entre os países envolvidos, além de ressaltar a interconexão global da segurança. A viagem de Putin representa um movimento estratégico importante no contexto internacional, com consequências que ultrapassam as fronteiras regionais.