Presidente da Rússia, Vladimir Putin, firma acordo de cooperação com a Coreia do Norte em visita histórica a Pyongyang.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, chegou a Pyongyang na tarde desta terça-feira, em uma viagem que estava sendo especulada desde antes de sua reeleição em março. A visita marca uma aliança que se intensificou com o início da guerra na Ucrânia e pode ser ampliada através da assinatura de um acordo de cooperação bilateral, o que tem gerado críticas por parte do Ocidente.

A agenda do presidente russo na cidade inclui homenagens, uma recepção de Estado e um recital de música clássica, mas o destaque está no acordo que ainda não teve seus termos clarificados. Analistas acreditam que o acordo abordará a cooperação nos setores aeroespacial, armamentista, de saúde e tecnologia.

Na véspera da chegada, Putin assinou um decreto concedendo plenos poderes ao seu Gabinete ministerial para finalizar as negociações do texto do acordo. A relação entre Rússia e Coreia do Norte estava morna desde a última visita de Putin ao país em 2000, mas a guerra na Ucrânia fez com que o Kremlin olhasse com mais atenção para o antigo aliado e para os arsenais armazenados ao longo dos anos.

Essa parceria tem despertado preocupações no Ocidente, principalmente na Otan, que vê a aliança como uma possível violação das sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU. O fornecimento de armas norte-coreanas a Moscou e as possíveis medidas unilaterais de Washington e aliados aumentam ainda mais a tensão.

A visita de Putin à Coreia do Norte foi citada pelo secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, como um reflexo dos laços estreitos entre os países envolvidos, além de ressaltar a interconexão global da segurança. A viagem de Putin representa um movimento estratégico importante no contexto internacional, com consequências que ultrapassam as fronteiras regionais.

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