Rússia inicia série de exercícios navais no Pacífico em demonstração de força enquanto Putin visita a Coreia do Norte

A Rússia deu início a uma série de exercícios navais no Pacífico, que estão programados para durar dez dias. Ao todo, serão 40 navios, lanchas e barcos, acompanhados de 20 aviões e helicópteros, navegando pelas águas do Mar do Japão e do Mar de Okhotsk, no Extremo Oriente russo.

Essa ação da Rússia ocorre em meio à visita do presidente Vladimir Putin à Coreia do Norte e um dia após a frota de navios de guerra russos deixar o porto de Havana. Analistas interpretaram essa movimentação como uma demonstração de força de Moscou, especialmente diante das tensões com os Estados Unidos e outras nações ocidentais que apoiam Kiev na guerra na Ucrânia.

Durante os exercícios navais, os marinheiros treinarão combates antissubmarinos e ataques com mísseis contra frotas de navios inimigos, além de simular respostas a possíveis ataques aéreos e navais de drones. O Ministério da Defesa russo divulgou imagens dos navios e de um submarino no porto de Vladivostok, base da frota russa no Pacífico.

Em relação às Relações Internacionais, Putin agradeceu o apoio da Coreia do Norte à sua “operação militar especial” na Ucrânia, durante sua visita a Pyongyang. Os líderes russo e norte-coreano estão prestes a assinar um acordo de parceria estratégica. Enquanto isso, potências ocidentais acusam os norte-coreanos de fornecer munições à Rússia para a guerra na Ucrânia, em troca de assistência tecnológica e diplomática.

A visita de Putin à Coreia do Norte evidencia as alianças que Moscou tem buscado para sustentar suas ações na Ucrânia. O líder russo está acompanhado de importantes representantes do governo, como o ministro das Relações Exteriores e o ministro da Defesa da Rússia. A Otan e a Casa Branca manifestaram preocupação com a relação entre Rússia e Coreia do Norte e aprofundamento dessa parceria estratégica.

A aliança entre Rússia e Coreia do Norte preocupa países ocidentais e gerou apelos por fortalecimento da coalizão diplomática para alcançar uma paz duradoura na Ucrânia. A visita de Putin também é um reflexo dos interesses geopolíticos e estratégicos de Moscou na região, principalmente diante das tensões crescentes com o Ocidente.

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